quarta-feira, 16 de março de 2016

Scared of the Unknown. Again.

Na quinta feira passada recebi finalmente uma resposta. Não era positiva nem negativa. Apenas um e-mail a pedir a minha disponibilidade para uma videoconferência rápida para "discutir os próximos passos". O e-mail parecia positivo, mas não era um sim nem um não. Era um grande ponto de interrogação. Ligaram-me na sexta de manhã. Juro que pensei que me iam dar um chuto no rabo pela webcam. Mas não. Recebi uma proposta. Simplesmente não era a que esperava.

Pensava que eu apenas tinha mixed feelings em relação a tudo e mais alguma coisa. Afinal, pelos vistos também deixo as pessoas com mixed feelings em relação a mim. A minha inexperiência custou-me um contrato "a sério", e por isso foi-me proposto um estágio remunerado com a duração de alguns meses, para não só ganhar experiência, mas também ver se serei uma boa aposta para uma futura contratação.

Apesar de estar envolvida noutro processo de recrutamento que, com alguma sorte, me traria uma proposta mais "à séria", a verdade é que fiquei logo inclinada a aceitar a proposta do estágio. Tive oportunidade de passar um dia em cada uma das empresas, trabalhar em desafios que me foram propostos e interagir com a equipa, e a verdade é que me senti logo inclinada para esta empresa. Não que não tenham sido antipáticos na outra empresa, nada disso (vá, pegaram-me uma constipação, mas não é por aí). Não sei, simplesmente simpatizei mais com esta.

O medo do desconhecido é uma merda though. A proposta deixou-me numa pilha porque o meu primeiro pensamento foi "quero imenso aceitar mas vão passar o tempo todo do estágio a julgar-me e vigiar-me e vou sentir-me sobre pressão o tempo todo e não vou fazer nada de jeito e no fim de tudo dão-me o derradeiro chuto no rabo".

O coitado do meu namorado atura muita coisa. Principalmente quando estou nesse estado, em que escrevo deprimências atrás de deprimências no Hangouts. Naquela noite nada me animava, chorei baba e ranho em frente ao portátil, e cheguei a um ponto em que resolvi tentar relaxar com um duche nocturno e um valdispert, e literalmente dormir sobre o assunto. E no dia seguinte mandei um e-mail a aceitar o estágio. E agora estou à espera (a pessoa que me contactou disse que era provável demorar a responder-me). Continuo cheia de medo de falhar. Continuo a achar que no fim do estágio vou levar um chuto no rabo. E fiquei um nadinha chateada porque havia uma pequena possibilidade de ir a Nova Iorque daqui a uns meses, que com isto tudo diminuiu.
Claro que o facto de passar a ter uma rotina, começar a conviver com mais pessoas diariamente e, principalmente, passar a receber dinheiro ao fim do mês (que posso poupar para ir a Nova Iorque noutra altura, claro) compensa isso tudo. 
Mas continuo cheia de medo. Os se's todos assustam-me. A responsabilidade assusta-me. Vamos lá ver o que vai sair daqui.  

2 comentários:

Anónimo disse...

Calma e boa sorte :) Eu nem nos desafios de recrutamento passo, tal são os nervos que me assolam... Tem fé em ti!

Catarina disse...

Obrigado :) Eu quero acreditar que vai tudo correr bem, mas o blog acaba por ser o escape para todos os medos e receios...

Os processos de recrutamento e estes desafios infelizmente são um mal necessário. Tive a sorte de nestes últimos não ter tido entrevistas com perguntas infernais (perguntas dessas misturadas com nervos fazem o meu cérebro em papas).

Boa sorte para os teus processos de recrutamento também :)